segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

(Análise) Bonequinha de Luxo




Depois de sempre cobiçar esta leitura, enfim tenho ela como completa, Truman Capote sempre me interessou e após várias vezes assistindo o tão belo filme, posso dizer que li “A Bonequinha de Luxo”!

Somos introduzidos a vida monótona do escritor Paul, que acaba de se mudar para um novo apartamento em Nova Iorque e acaba conhecendo a sua tão singular vizinha, Holly Golithly. Uma garota muito bela e extrovertida que tinha maneiras nada ortodoxas para se dar bem na vida, Paul se vê fascinado por ela (surge um momento que ele se diz apaixonado por ela) e então a narrativa se estende sobre as histórias e peripécias de Holly para ganhar sua vida.

É impossível não falar de Bonequinha de Luxo sem fazer uma grande menção honrosa para Audrey Hepburn (uma das minhas atrizes favoritas) que fez um trabalho incrível em trazer a Holly das páginas para o cinema. Claro, a história é um pouco diferente, todavia, Audrey conseguiu fazer esta personagem se tornar um grande ícone, não tem como não ler e não visualizar Audrey com aquele sorriso encantador e as roupas chiques. Uma cena em particular lendo, fixou demais na minha mente, era impossível não lembrar de Audrey sentada na janela, cantando “Moonriver”, foi uma sensação linda ler isto.

“A garota ainda tinha um gato e tocava violão. Quando o sol estava muito forte, lavava os   cabelos e, na companhia do gato, um bichano ruivo e rajado,sentava-se na escada de incêndio, dedilhando o violão enquanto o cabelo secava. Sempre que ouvia a música, eu ia em silêncio até a janela. Ela tocava muito bem, e às vezes cantava. ” (Pg.11)


Contudo tenho certas críticas. A primeira não é sobre a obra em si, mas sim a tradução do título, o título original se chama “Breakfast at Tiffany’s” – também o título do filme – que retrata a mania de Holly em ir à loja da Tiffany’s quando estava em maus dias, este ato dá muita humanidade a personagem que as vezes se mostra engessada e fria devido suas ações, o simples ato de ir a Tiffany’s nos dá uma nova versão da Holly, uma pessoa sonhadora, livre e inocente, eu gostaria muito de ler este título, uma vez que o título “Bonequinha de Luxo” carrega uma imagem pejorativa e fria pra a personagem que é de uma personalidade inigualável.  Das outras críticas são pequenas e nem necessárias de serem escritas por aqui, talvez eu esperasse um final melhor, ou depositei muita expectativa na história, porém Holly Golithly é aquela personagem que sempre me lembrarei.

Com carinho, Malu, a Traça dos Livros.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Infelizmente, só assisti o filme que na época me encantou por mostrar com uma linguagem delicada a historia de uma pessoa determinada a vencer na vida a qualquer custo..
    Muitos anos depois, ao ler " A sangue frio ", que considero o melhor livro de Capote, é que me apaixonei de vez pelo autor pela sua capacidade de criar tipos tão diversos mas sempre muito reais.Seus personagens são sempre inesquecíveis.

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