terça-feira, 4 de setembro de 2018

Análise: Este Lado do Paraíso, o livro que me dividiu opinões (CBC)

Sim! De agora em diante talvez vocês vejam que eu pego livros na biblioteca da faculdade kkkk


O subtítulo já explica, esse livro dividiu muito as minhas opiniões e pelo o que eu pesquisei em blogs a fora, que também dividiu opiniões dos leitores, bom saber que não fui a única e que as críticas são tão diversas. De todos os livros que li do CBC, este foi o que menos eu gostei e vou explicar o porquê.
Quando li “O Grande Gatsby” eu gostei, porém acredito que não atendeu muito bem minhas expectativas, mas gostei do livro e ocorreu o mesmo agora com este livro do Fitzgerald, talvez pelo nome dele ter tão peso na literatura, eu idealizei um pouco suas obras. Porém, por ser a primeira obra do F. Scott Fitzgerald, ele tem seus (talvez grandes) defeitos.

Mais uma vez, o desafio literário me trouxe um romance de formação. Nessa obra, temos contada a vida de Amory Blaine, um jovem americano abastado, com uma personalidade esnobe e egoísta, que vivia com sua mãe um tanto quanto singular. Basicamente, temos a trajetória de Amory contada pelo decorrer da história que é dividida em duas partes. A primeira é sua juventude, ainda um tanto quanto esnobe e cheio de regalias, muito moldado pela influência materna, porém aos dezesseis anos, Amory vai estudar em Princeton e então começa a aparecer seu desenvolvimento intelectual e também seu caráter. Amory é um personagem muito moldado na vida, então acompanhamos a sua transformação que na primeira parte é um tanto quanto muito maçante! Alerto.

Por alguns momentos pensei em desistir da leitura e agradeço por não ter feito isso uma vez que chegamos a segunda parte do livro. O choque. Então temos Amory já adulto, no começo da vida adulta na verdade, e com ele os vários choques que ocorreram especialmente com ele e no mundo e que, de certa forma, lhe influenciaram muito. Primeiro temos o amor, o começo das desilusões e frustrações e junto disso também temos o trabalho, uma vez que a família de Amory não era mais tão bem abastada como antigamente e para anexar ao turbilhão de mudanças, houve a Guerra, que crucialmente mudaria todos os valores mundiais dali por diante.

Então vemos que a segunda parte temos Amory tentando lidar com todas essas mudanças e também tentando se adequar a elas, uma vez que muitos valores mudaram e ver todas essas questões fez o livro se tornar um pouco mais interessante. Também é muito pertinente colocar na análise é a forma que a história é escrita, pois Fitzgerald mistura alguns gêneros textuais, temos por muitos momentos fragmentos de cartas e poesias e em um determinado momento da história, temos tudo narrado no formato de teatro, o que é muito interessante e instiga a leitura. Por fim, temos Amory seguindo seu caminho e um final deixado em aberto, não sabemos qual foi o final da sua história, se obteve ou não sucesso, se sua essência mudaria, se tornaria um escritor, foi um final bem aberto a possibilidades. O que salienta mais que esta seja uma obra autobiográfica ou pelo menos, baseada em alguns fatos do autor.

Agora uma opinião pessoal, esse livro me dividiu completamente uma vez que, comecei lendo e me arrastei por muito tempo em uma leitura maçante e exaustiva para no final eu ficar triste por ter acabado já que me via completamente atenta a história, querendo saber o final da jornada de Amory, ou seja, talvez um livro assim que me divida tanto mostre realmente que é uma obra fantástica, eis um questionamento que levarei para o futuro...

Com carinho, Malu, a Traça dos Livros.

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