Primeiramente,
eu quero dedicar essa publicação do blog ao meu amigo Israel, o ser culto e
mais incrível do campus da UFSCar, além de me encorajar a ler o livro, também
discutiu comigo sobre a obra e isso me ajudou muito a escrever. Essa é para você
Israel! Obrigada mesmo! E se você estiver lendo isso, não se sinta envergonhado,
pois você merece reconhecimento mesmo!
De todos os
livros do Charlie Book Challenge, este era o título que mais me intimidava, realmente
eu não sabia o que esperar da leitura, além de ter aquela visão de complexidade
me rodeando, mas o resultado após ler esse livro foi fantástico e me motivou
demais a continuar a ler a obra de Albert Camus.
De início,
vou resumir a narrativa em apenas uma palavra. Indiferença. Esta, vai estar
presente em todos os momentos enquanto lemos a história, na verdade a indiferença
se faz presente até mesmo no título, “O estrangeiro”, quem seria o estrangeiro?
Atentei-me a definir o estrangeiro como o próprio protagonista, Mersault, ele é
banhado por essa aura de indiferença em sua vida que pode se dizer que ele é um
estrangeiro nesse mundo que vive.
Chega a ser
perturbador o nível de estabilidade que Mersault tem em relação aos momentos de
sua vida. No começo da narrativa, temos o relato da morte de sua mãe, cujo não
lhe parece afetar muito, o que mais lhe preocupou foi que ele teria que quebrar
sua rotina e ir até a casa de repouso cuidar das providencias do funeral,
quando tudo acabou, ele seguiu sua vida normalmente.
Todavia,
existe em Mersault momentos de catarse (podemos dizer) onde o protagonista se
desprende deste estado latente e realiza certa ação que vai completamente
contra sua rotina ou qualquer tipo de vida que ele levava, isto ocorre no final
das duas partes da história, cujo são muito emocionantes!
O livro
inteiro te traz inúmeras reflexões sobre a natureza humana, exatamente o que o
autor procura propor e também o que o contexto da época propõe. Camus escreveu
O Estrangeiro em um contexto filosófico específico, o existencialismo, muito
conhecido pelo seu pensador Jean-Paul Sartre e foi assim que “O Muro” entrou em
minha vida (thak you, Israel). Após ler O Estrangeiro, senti que não foi o
suficiente para entender toda a filosofia que por ali girava, então comecei a
leitura deste livro, que é um acervo de contos escritos pelo próprio Sartre.
Portanto,
estou vivenciando uma fase Existencialista. Para entender seus preceitos, estou
usando a literatura ao meu favor e como forma de estudo também. Irei ler, de
forma alternada um romance de Albbert Camus e um conto de Sarte. Apenas li –
ainda - o primeiro conto, com o mesmo nome do título do livro e a mesma aura de
O Estrangeiro também cerca a história, tendo seu final um desfecho chocante
assim como a obra de Camus e uma grande crítica aos governos fascistas no
período do século XX. O objetivo dessa fase literária que estou vivendo não é apenas
entender o contexto filosófico cujo as obras foram escritas, mas também
enxergar nelas uma forma de refletir sobre o mundo que vivo hoje, se posso ser
também uma estrangeira ao mundo assim como Mersault, só espero não ter o mesmo
fim dele.
Então, ao
decorrer do blog, ainda lerão muito sobre minha aventura nas palavras de Camus
e Sartre.
Com
carinho, Malu, a Traça dos livros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário