É aquele sentimento de acolhida, de
felicidade e uma mistura de gratidão por ter podido viver essa experiência de
ter um artigo e uma poesia publicados em um livro e não um livro qualquer, o
livro! Pois a alegria de poder compartilhar minhas palavras o faz mais especial
para mim do que ele próprio já é.
Primeiramente como tudo isso começou...
em agosto de 2017 participei de um minicurso promovido pelos organizadores do
livro, o pessoal o E-Ladis, laboratório de pesquisas ligado ao Departamento de Educação,
Informação e Comunicação da FFCLRP/USP em Ribeirão Preto, neste evento,
palestras sobre a representação feminina em vários espaços foram ministradas e
lembro de me interessar demais por cada apresentação expressa. No mesmo dia,
foi anunciado a publicação do livro com a temática de retratar o feminino na
sociedade e tomei coragem para encarar tal desafio.
Então começou o processo, uma
estudante de letras com a ajuda de sua prima à procura das palavras certas para o
artigo e já que falávamos da presença do feminino na sociedade, nada mais justo
eu expressar o meu cotidiano e escolhi então falar de um espaço cujo estou
inserida e que me ensina muito sobre a vida. A Ordem Internacional das Filhas
de Jó, uma ordem fraternal cujo faço parte desde 2014 e que até me faz refletir
sobre a posição que quero ter na sociedade. A Ordem em si, por ser mais
discreta, pouco se conhecem sobre e vi uma oportunidade de exprimir toda a gratidão
e orgulho que possuo por fazer parte desta. Um local onde o feminino é exaltado
sim e trazer em palavras uma discussão sobre padrões e estereótipos que criamos
sem termos um conhecimento prévio e inserir outros modos de retratar a presença
do feminino em sociedade. Tenho muito a agradecer a Maria Beatriz Ribeiro
Prandi (minha prima) e a Fabiana Claudia Viana Borges pela parceria e apoio, o
resultado foi muito satisfatório e só chegou a isso pois vocês acreditaram em
mim, minha repleta gratidão!
No entanto, já que o artigo estava muito
bem encaminhado, “Porque você não escreve uma poesia também, Malu? ” Essas foram
as palavras de minha prima, assumo, foi muito mais difícil. Trato a poesia como
algo pleno e igual a um cristal, precisa ser lapidado, como as palavras daquele
minicurso ainda estavam em minha mente, procurei escrever sobre algo que
realmente eu precisava e que eu sabia que outras como eu também procuravam o
mesmo. A aceitação de si mesma. Dizer “sim” a cada singularidade que habitava
dentro de mim e foi assim que surgiu “Adoração Austen”. A procura do meu eu-lírico
dizendo a mim mesma e para todas aquelas que lerem a minha poesia que devemos
dizer um sim para nós mesmas e nos aceitarmos como realmente somos,
independente das condições. A frase de Jane Austen que inspirou esta poesia é
levada comigo diariamente no meu coração, mas eu havia percebido ao escrever
que eu mesma não praticava aquilo que tanto acreditava e que era preciso
escrever, para fixar o sentimento. Pois se eu não disser um sim para mim? Quem dirá?
E ver este “sim” expresso na orelha do livro (sim, obtive esse destaque por mérito)
é um sentimento de trabalho cumprido.
Não há como expressar de maneira
completa a gratidão quando obtive em minhas mãos esse livro tão lindo, tão intenso
e também tão preciso, muita gratidão por fazer parte deste projeto que tem
tantos tópicos incríveis! Não vejo a hora de ler cada artigo e poesia e dou o
convite para todos que aqui lerem procurar adquirir o livro que realmente valeu
a pena participar! É lindo ver o espaço da mulher sendo exaltado de várias
formas e agradeço muito por estar junto nessa luta.
Com carinho, Malu, a Traça dos
Livros.
Parabéns pela coragem em acetar o desafio e principalmente pelo resultado maravilhoso!
ResponderExcluirSuper Kisses,
Véra